quinta-feira, 25 de junho de 2009

Dia do Químico - Outra imagem


Outro acadêmico homenageado no Dia do Químico pela Academia Riograndense de Química foi o Eng. Químico Nelson Calafate, que participou da elaboração da lei 2800 de 1956.

5 comentários:

  1. Prezada Dra. Elsa Lesaria Nhuch,
    Esta ainda não é a carta especial que eu lhe remeterei para seu 'blog'.
    Aguarde com paciência, porque é muito difícil escrever para uma mulher, profissional ilustre, como a colega Dra. Elsa L. Nhuch.
    Dentro de 15 dias, eu voltarei a lhe escrever, com muita satisfação. Já tenho os elementos básicos para tal!...
    Agora, uma primeira impressão sobre o "Blog".
    Muitos parabéns. Muito bem apresentado.
    Obrigado pela foto.
    Comentei com minha esposa, Bettina Alice:
    "Não tivemos filha, só dois filhos. Essa foto com ternura é de uma filha para um pai (79 anos)".
    Em resumo, a matéria é de muito bom gosto e o texto excelente.
    Um abraço, um beijo!
    Nelson G. Calafate
    e
    Bettina Alice Laufer Calafate

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  2. 163. 2009. A uma ilustre Mestre em Química – Elsa L. Nhuc, do Conselho Reginal de Química-5ª. Região, Estado do Rio Grande do Sul. Blog: http://viahumida.blogspot.com/
    (Presidente da Comissão Organizadora do XLIX Congresso Brasileira de Química).
    De seus colegas Bettina Alice Laufer Calafate e Nelson Gonçalves Calafate.
    Fazemo-lo com muito gosto, prazer mesmo, pelo acolhimento que ela dispensa a todos os que dela se cercam.
    Elsa L. Nhuc ensina que a Química estuda a natureza e as propriedades dos corpos simples, a ação molecular desses corpos – uns sobre os outros -, e as combinações devidas a essa ação.
    Está acostumada a criar, a produzir: “Deus quer, o homem sonha, a obra nasce”(Fernando Pessoa/PO).
    Seu instrumento de trabalho é o livro:
    . “O que define um bom livro é que ele muda toda vez que se lê”.
    . “Um livro verdadeiramente bom deve ser lido na juventude , novamente na maturidade e uma vez mais durante a velhice, tal como um belo edifício ser visto à luz do amanhecer, ao meio-dia e ao luar”.
    . “O prazer de ler não é ter uma tonelada de livros nos esperando. É escolher um dentre milhares, levá-lo para casa como se ele fosse um recém-nascido e saber que temos todo o tempo do mundo para saborear cada palavra, e todos os momentos”.
    . “Não é necessário queimar livros para destruir uma cultura; basta convencer as pessoas a deixarem de lê-los”.
    . “A biblioteca é o templo do saber, e este tem libertado mais pessoas do que todas as guerras da História”.
    Elsa tem vivenciado a diáspora de seu povo – “o conteúdo e a luminosidade dela, as suas realizações e o quanto tem feito pelo País em todas as latitudes e meridianos” – em 3 fases:
    - De seus antepassados, mãe Olga (brasileira) e pai Henrique (rumeno) – gente de luta, de trabalho, de longe. Como no poema de Cláudio Manoel da Costa, “vencem os que vêm de outra distância”.
    - De suas lindas e inteligentes filhas – Andrea (e netos Max e Oliver) / em New York; Debora / na Austrália e Fani / em Boston. Todos exercitando, falando e escrevendo no idioma inglês – “língua, não um reflexo da realidade, mas sim produtora de cultura” (Cláudio Willer/BR).
    - E de si própria, em viagens profissionais à Espanha, aos Estados Unidos e a Israel: “só aqueles que tem coragem de caminhar podem viver todos os dias na certeza de chegar”.
    Sobre o amor pela terra de origem, vale lembrar as palavras do chefe indígena Seatle em 1854: “O Presidente (Franklin Pierce) declarou em Washington que deseja comprar o nosso território. Mas como se há de comprar ou vender o céu, a terra? Tal idéia é estranha para nós. Se não possuímos a presença de nosso ar e o brilho da nossa água, como alguém há de comprá-los? Cada pedaço desta terra é sagrado para nosso povo. Cada praia arenosa, cada campina, cada inseto que zumbe. Tudo isso é sagrado na memória e na experiência de meu povo (...). Preserve a terra para todas as crianças e ame-a como Deus ama a todos nós. Assim como nós somos parte da terra, também você é parte dela. E ela é necessária para o nosso sentimento. Uma coisa nós sabemos: só há um Deus, nenhum homem, seja de pele vermelha ou branca, pode viver isolado. Afinal somos todos irmãos”. Obs. Esta oração famosíssima nos EUA é distribuída pelo Programa de Meio Ambiente da ONU.
    El Nhuc é mulher de muita imaginação, que segundo Albert Einstein “’É o verdadeiro terreno de germinação científica”.

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  3. Ela tem a saga, luta de Norbert Wiener (1894-1963), físico americano, um dos criadores do radar e da cibernética. Precocemente, aprendeu a ler aos 18 meses de idade e licenciou-se em Ciência pelo renomado MIT/Massachussets Institute of Technology aos 14 anos.
    Pessoa discreta como Albert Camus (1913-1960), novelista, dramaturgo, filósofo e ensaísta francês – no recebimento do Prêmio Nobel de Literatura de 1957: “Pessoalmente, não posso viver sem minha arte, mas jamais coloquei essa arte acima de tudo. Ao contrário, se ela me é necessária é precisamente porque não se separa de ninguém e me permite viver, tal qual sou, ao nível de todos”.
    Personalidade muito segura, além do seu tempo, só pensa a montante, para cima; ela se baseia na História ao imitar Patrick Henry: “Somente uma lâmpada guia meus passos: a luz da experiência. Não tenho outra maneira de julgar o futuro, a não ser através do passado”. “A História nunca parece História quando a gente está vivendo”.
    Elsa sabe apresentar grandeza, com alegria, em seus trabalhos de júbilo, da alma, de seiva. É idealista.
    “Sou um idealista. Não sei para onde vou, mas já estou a caminho ...”. E como verdadeira idealista, “ela busca o que o coração lhe diz ser real e de uma maneira que a cabeça diga que dá certo”.
    Para ela, “O amor é essencialmente união, é naturalmente a busca – para esta pensando e caminhando, bem como só nela parando”.
    Dócil, ela lembra Thomas Jefferson, 3º. Presidente norte-americano (1801-1809): “Eu jurei perante o altar de Deus, hostilidade a qualquer forma de tirania à consciência humana”.
    De glorioso berço riograndense, lembra-se de Tancredo Neves: “Não teremos a pátria que Deus nos destinou enquanto não formos capazes de fazer de cada brasileiro um cidadão com plena consciência dessa dignidade”.
    Após deixar Porto Alegre (‘A Cidade Sorriso’), fazer digressão ao exterior e voltar saudosa à sua terra natal, El Nhuc reviveu o poema de Thomas Stearns Eliot, poeta e ensaísta inglês originário dos EUA, em ‘East Giddings’:
    “O fim de toda a nossa busca // Será chegar ao lugar onde começamos // E ter a sensação de descobri-lo pela primeira vez”.
    Eis um rosário de impressões destes autores sobre a vida riogandense:
    As paisagens do sul. As planícies a perder de vista: as pampas. As cochilas, cordilheiras escalvadas.
    O inverno com as pampas cobertas de geada sacudidas pela fúria dos minuanos gemendo e galopando no silencio das madrugadas.
    Os vinhedos. O vale dos Vinhedos nas serras de Bento Gonçalves e Garibaldi. Também, mais ao sul na região de campanha.
    Os homens e mulheres guerreiros. Giuseppe Garibaldi, denominado ‘Herói de dois mundos’ – América do Sul, nas lutas contra o ditador argentino Rosas, Guerra dos Farrapos (10 anos, a partir de 1835). E Europa – Itália, primeiramente contra a Áustria e depois contra o Reino das 2 Sicilias (unificação da Itália). Em 1870-1871, ele pôs a sua espada a serviço de França.
    Na unificação de sua pátria, pronunciou: “Homens da liberdade italiana. Vossas mães e vossas prometidas estão orgulhosas de vós; amanhã, caminharão com a cabeça erguida e a frente radiante”. A saga de G. Garibaldi, 1839: ele chega com suas tropas em Capivari do Sul, para alcançar o porto de Laguna a fim de ampliar as divisas da nova República Riograndense. – A sua mulher, Ana (Anita) Garibaldi, heroína que nunca se separou de seu marido, inclusive parindo vários filhos no campo de batalha. Ela viveu de 1821 a 1849.

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  4. Os grandes literatos: Augusto Meyer, Érico Veríssimo e seu filho Luis Fernando Veríssimo, estes dois últimos já comentados nesta obra.
    Os gaúchos, seu traje. O pastor das pampas guarda os seus rebanhos, a cavalo. O lenço no pescoço. As perneiras. As bombachas. Seus ponchos - mantos usados na America do Sul, feitos com cobertor.
    As danças 'machistas' dos homens com botas de esporas, estremecendo os tablados com sapateado bárbaro e guerreiro.
    As gauchas, lindas 'chinas' com suas saias rodadas e flores no cabelo, dançando fandangos ao som de sanfanos, gaitas e 'bandoleões'.
    O Planalto Básico. Porção norte e oeste do estado, uma meia-lua em torno da depressão central; de estrutura geológica, formado pelo acumulo de derrames de lavas intercalados de camadas de arenito.
    Imigrações de europeus. Os portugueses. Porto Alegre foi inicialmente colonizada por portugueses, muitos açorianos, desde 1720. Em 1750, milicianos lusos vieram do porto de Laguna e foram reforçados por tropeiros de Minas Gerais e São Paulo.
    Os alemães. Chegaram a partir de 1824, providenciados por D. Pedro I (sua mulher, Dona Leopoldina, era austríaca).
    Os italianos. Desde 1875, vindos da Lombardia e se estabeleceram em Nova Milano.
    Ainda veio a colônia judaica – a 3ª maior no Brasil, depois do Rio de Janeiro e São Paulo.
    A utopia do sonho separatista. A existência de movimentos para a constituição de um estado independente começou em 1835 (Revolução Farroupilha). Em 11 de setembro de 1836, Antonio de Souza Neto proclamou a República Riograndense. Porem, 8 anos depois, após inúmeras batalhas, foi assinado o acordo de paz - o Rio Grande do Sul voltou a ser parte do estado brasileiro.
    Já a Guerra dos Farrapos (1835-1845) foi uma das mais significativas revoltas, durante o período regencial.
    A Guerra do Paraguai ocorreu entre 1864-1870.
    Voltando à Revolução Farroupilha (1835-1845), ela teve várias causas: econômicas (a Corte recebia a maior parte dos impostos arrecadados na Província de São Pedro do Rio; e em pouco investia); sociais (o Império convocava à força os soldados, que pouco a pouco iam morrendo, na defesa pela Província); militares (Problemas na fronteira com os castelhanos faziam com que a Corte convocasse os melhores soldados do Brasil: os riograndenses); políticos (agitação intensa dos partidos nas ruas); secretos (a partir da Loja Maçônica "Logia Lautáro, madre de muitas lojas maçônicas do Prata).
    A “Festa da Uva” – realizada a cada par de anos na cidade de Caxias do Sul, em fevereiro/março.
    Povos ameríndios. No Rio Grande do Sul, existiam 3 grandes grupos indígenas: guaranis, pampeanos e gês.
    A Cultura. Há uma rica diversidade cultural no Rio Grande, concentrando-se em duas vertentes: a gaúcha (dos antigos gaúchos que habitavam as pampas); a outra, formada pelos oriundos europeus (alemães, espanhóis, italianos e portugueses).
    Os c1ubes desportivos principais: Grêmio e Internacional (de Porto Alegre), Caxias e Juventude (Caxias do Sul); Brasil e Pelotas (Pelotas).
    Idiomas. Praticam-se, além do português, o 'caingangue" ou o 'MBYa.guarany', de povos autóctones; e 'riograndenser hunsrückisch', o 'plattdietch ou plattdüütsch', o 'talian' e o castelhano; em menor escala, o polonês, lituano, árabe e 'iíoiche'.
    Infra-estrutura do estado do Rio Grande do Sul: 3.260 km de linhas e ramais ferroviários: 153.960 Km de rodovias, sob jurisdiçao nacional, estadual e municipal.
    Museus. O RG do Sul é o estado com maior número de museus: há 66 no território.

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  5. Saneamento. % de populaçao do estado: 96,2 / com abastecimento de água; 96,7 / com esgoto sanitário e 83,7 com coleta de lixo. Muitos parabéns a esse excepcional cenário!
    Símbolos Gaúchos.
    - Brinco de Princesa. A flor mais indicada para representar o estado do RG do Sul. Encontrada na mata Atlântica. O arbusto de 2 metros de altura da flores com sépalas (peças do cálice) cor-de-rosa, pétalas violetes e longos estiletes vermelhos. Floresce de outubro a maio, anualmente.
    - Cavalo Crioulo. Dócil, mas vigoroso para o trabalho no campo, a valente raça crioula e uma paixão entre os gaúchos. Animal trazido pelos espanhóis e tomado por índios em combate. Vê-se espalhado pela pampa.
    - Chimarrão. Bebida típica do povo gaucho. O hábito de servir chimarrão em companhia de amigos está tão enraizado na cultura, que não é necessário ser ensinado às crianças. Estimulante e saborosa - ainda que amarga - a bebida já era apreciada pelos indígenas, em bombas feitas de bambu.
    - Churrasco. O fogo é aceso com certa antecedência. A distancia entre ele e a carne assada no espeto deve ser medida conforme o corte daquela. Surgida na imensidão da pampa, no século XVII, era feito, então, em um buraco aberto no chão e temperado com a cinza do braseiro. A denominação 'verdadeiro churrasco gaucho' é uma garantia de que o prato é bem preparado.
    - Erva-Mate. É da árvore da erva-mate que se extrai o principal ingrediente para o chimarrão, marca registrada dos gaúchos. A árvore pode atingir 8 metros de altura; dá pequenos frutos, tem caule acinzentado e folhas ovais.
    - Quero-quero. Sentinela das pampas. Faz seu ninho no chão, nos grandes campos. Emite um estridente e metálico grito a qualquer sinal de perigo.
    As belas lendas e os surpreendentes mitos da cultura riograndense. Certamente, ao chegarem as noites frias ou quentes da Cidade Sorriso, Porto Alegre, Elsa e seu esposo Henrique acalentavam - junto de si - as meninas Andrea, Debora e Fani, filhas queridas contando as belas lendas, extraordinário viés para cultura em seu estado. Dentre um denso 'rol', enumeramos as que são de nosso conhecimento: do RG do Sul - de negrinho do pastoreio, do boitatá; de Alegrete - da lagoa do Parobé, da ponte de pedra, do homem e da mulher; do Rosário do Sul - do caverá; de Bagé - da mão preta; de Passo Fundo - do arroio-lava-pés, da menina Elizabeth; e de São Gabriel - da cigana.
    Quanto aos mitos – no folclore gaúcho: da bruxa, do diabo, do lobisomem; e um ‘gringo’: da cigana.
    NG Calafate visitou em sua vida profissional os centros urbanos de - por ordem alfabética -; Alegrete, Bagé, Bento Gonçalves, Canela, Caxias do Sul, Cruz Alta, Erechim, Farroupilha, Flores da Cunha, Garibaldi, Gramado, Gravataí, Ijuí, Novo Hamburgo, Passo Fundo, Pelotas, Porto Alegre, Rio Grande, Santa Maria, Santo Ângelo, São Borja, São Leopoldo, São Luiz Gonzaga, Uruguaiana, Vacaria e Venâncio Aires.
    Permita-nos Professora Dra. Elza L. Nhuc, estender a todos os Diretores, colegas e funcionários da Associação Brasileira de Química / Seção Regional do Rio Grande Sul, da Associação Técnica dos Químicos, do Conselho Regional de Química / 5ª Região, do Instituto de Apoio aos Profissionais da Ciência, do Sindicato das Indústrias Químicas do RS e do Sindicato dos Químicos do RS; por tanto nos devotarem gentilezas, a mim e a minha mulher - também profissional da Química - Bettina Alice Laufer Calafate.
    É o nosso sentir.
    Nota dos autores – Bettina Alice e Nelson Gonçalves Calafate: “Pudera que essa crônica sirva de carinhosa ode em favor do Rio Grande do Sul e de seu povo, cujos colegas tão bem nos têm recebido”.
    Por fim, com a 163ª. Crônica se encerra o livro idealizado para servir de legado de oitenta anos vividos com a graça de Deus!

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